Entendendo a agenda da mídia

Bolsonaro acusado sem provas de estuprador, apesar de sua ferrenha luta por punir os estupradores, pode ser condenado por apologia ao estupro, o que o tornaria inelegível e tiraria seu mandato, bastante conveniente para os opositores. Jornalista honesto não apoia isso.

O deputado Jair Bolsonaro pode ser condenado por ter lembrado em 2014, durante seu discurso contra a inimputabilidade de menores de 16 anos, a agressão absurda e gratuita que recebeu da deputada Mª do Rosário – aquela que defendeu o estuprador Champinha – em 2003, quando esta o chamou de estuprador.

A mulher que defendeu um estuprador acusou um homem que defende a condenação e, em alguns casos, a castração química de estupradores de ser um deles. Atenção, uma parlamentar imputou a outro o crime de estupro, no momento em que este defendia uma medida para proteger as mulheres, sem prova nem indício.

A maior parte do tempo a mídia gasta interpretando a fala do deputado mas na tentativa de demonstrar imparcialidade, alguns, como o jornalista Reinaldo Azevedo, criticam a deputada mas afirmam que pior foi a resposta do Bolsonaro do que a imputação de crime da deputada.

É importante lembrar que a língua é muito mais complexa do que costumamos pensar e que toda fala tem mais do que um único sentido. Há várias expressões que usamos no dia-a-dia sem atribuir o sentido que lhes pertence, tais como: Meu Deus! Nossa Senhora! Cruz credo (Credo in Crucis)!

Afirmar que o deputado sugere o estupro das mulheres é, no mínimo, menosprezar a capacidade de análise e compreenção da audiência. Não há crime em lembrar o crime pelo qual foi falsamente acusado, hoje, amanhã, daqui a 11 anos e em qualquer outro dia. Os adversários não gostam, especialmente aqueles cujo financiamento é de origem duvidosa, pois sequer podem acusá-lo de corrupto.

Curiosamente, a mulher que assistiu a troca de agressões ao vivo, não demonstrou o mesmo horror que a maioria dos jornalistas com a fala do parlamentar, na verdade se divertia com a cena, como se aprovasse. Sobrou aos homens presentes apartar a briga.

O que interessa é saber porque a fala dela foi ignorada por todas as autoridades e jornalistas. A abordagem pela mídia nos mostra que não há imparcialidade.

Ninguém quer ter Champinha como vizinho, pois se quer vai poder revidar a um ataque da vítima social – se Bolsonaro não tivesse mantido a deputada afastada ainda seria acusado de estupro.

Está evidente que o debate está desequilibrado e por isso mesmo a população está escrachando políticos em restaurantes, aeroportos e afins. É isso mesmo que devemos fazer com bandidos, tirar-lhes os benefícios que auferiram e mostrar que o crime não compensa.

Em todo lugar vemos jornalistas manipulando a audiência afirmando que Bolsonaro não tem a menor chance de ser eleito (como faziam com Trump) mas o ataque constante e sem argumentos prova a crença contrária. Não teria problema desde que apresentassem argumentos.

Um argumento válido poderia ser, por exemplo, que ele não tem os atributos mínimos necessários para dirigir uma nação porque: perdeu a paciência, ou perdeu a chance de destruir a adversária política utilizando meios mais inteligentes.

Agora, é claro que haverá réplicas. Bolsonaro não é santo, mas não perdeu a paciência quando tomou um cuspe na cara. Dilma, por outro lado vivia gritando no governo, pelo jeito perdia a paciência com tudo. Os que o acusam de ignorante por alguns erros de português deveriam morder a língua, não só porque também o fazem mas porque permitiram, pelo menos, 12 anos de um verdadeiro genocídio da língua.

Não a toa a popularidade do pré-candidato à presidência está tão alta, ao se levar em conta a concorrência vemos o por quê.

A vida das autoridades deve ser esquadrinhada e divulgada pela mídia, mas com respeito e igualdade.

Enquanto Bolsonaro criou filhos que estudaram e arrumaram empregos honestos. A deputada Maria do Rosário criou uma filha que parece ter sérios problemas de saúde, casou com o Eliezer Pacheco, preso por tráfico de drogas, tem seu cunhado acusado de pedofilia e silenciou no caso do seu colega de esquerda também acusado de pedofilia.

O que interessa é o que faremos com os criminosos. Bolsonaro tem algumas sugestões, dentre elas a de castrar e a de permitir que o cidadão de bem se arme. Já a deputada suporta o direito dos manos que, basicamente, dá água e balinha, provando que o crime pode compensar.