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Genésio Tavares

Por que um jornal velho em Cuba custa o mesmo que um novo?

Por Ely Vidal
Fidel Castro e Hugo Chávez, quando ainda eram vivos e valorizavam o Granma (AP/VEJA)

É um milagre do comunismo: o Granma, jornal estatal, não perde nunca a sua utilidade

O jornal estatal Granma, de Cuba, é vendido nas ruas sempre com o mesmo preço. Não importa se vem com a data de hoje, de ontem ou da semana passada. Os aposentados que compram o periódico nos quiosques e os revendem em vários cantos do país cobram sempre o mesmo valor.

A razão para isso é que o Granma nunca perde a sua utilidade.

Nas lojas dos militares, que vendem produtos com o peso cubano conversível (cuc), baseado no dólar, um pacote com quatro rolos de papel higiênico custa quase 20% do salário médio de um trabalhador cubano. Assim, a maior parte da população não tem acesso a esse bem e precisa recorrer à imprensa estatal da ilha quando entra no banheiro.

A situação tem sido assim desde que a União Soviética retirou o apoio financeiro à ditadura de Fidel Castro, nos anos 1990.

Há outros jornais, que também trazem a mesma cantilena do Partido Comunista, mas o Granma é de longe o preferido. Chega a ter dezesseis páginas às sextas-feiras e suas tintas são firmes, não saem em contato com a pele. Cada folha costuma ser dividida em quatro pedaços. Em algumas casas, eles ficam em uma pequena pilha perto da privada, ao alcance da mão.

Outro jornal, o Juventud Rebelde, também tem um bom papel, mas a tinta azul se solta com facilidade.

Até mesmo na redação do Granma, os jornalistas e demais funcionários são obrigados a usar as sobras de papel da gráfica quando vão ao banheiro.

 

Fonte: Revista Veja