A morte de um menino de oito anos no dia 28 de outubro, em Ponta Grossa-PR, não aconteceu por causa de uma comemoração pela vitória eleitoral de Jair Bolsonaro como divulgaram e/ou sugeriram Carta Capital, Correio Braziliense, Destak, O Povo, Revista Fórum e UOL. De acordo com a investigação da Polícia Civil, o padrinho do menino atirou acidentalmente contra a criança.
O crime aconteceu na casa da família na Vila Vilena. O padrinho mexia na arma quando, sem querer, disparou. O tiro, certeiro, atingiu o peito de Marcos Adrian Silva, que mesmo tendo sido atendido pelos bombeiros, não resistiu. Odair Carvalho Camargo, o padrinho do menino e autor do disparo, foi preso.
De acordo com o delegado que estava de plantão, Fernando Jasinski, não houve qualquer relação com as eleições. “Em depoimento, o padrinho da criança alegou que teria se aproveitado dos fogos de artifício para testar o revólver. Ele disse que deu dois tiros, sendo que um deles atingiu o afilhado.”, disse o delegado.
Durante as buscas da arma na casa onde ocorreu o crime, a polícia encontrou 16 porções de maconha, 248 gramas de cocaína, 456 gramas de crack, 3 balanças de precisão, um celular e R$ 206 em dinheiro, o que fez com que Denilson Aparecido Silva, pai da criança, também fosse detido e autuado pelo crime de tráfico de drogas. Ele já usa tornozeleira eletrônica por ter sido condenado anteriormente pelo mesmo crime.
Conforme o tenente Adriano Joel de Oliveira, do Batalhão de Choque da PM: “disparos de arma de fogo são comuns na localidade onde a criança foi baleada e o homem que efetuou os disparos disse não ser simpatizante do candidato eleito”. A arma usada no momento do disparo, uma pistola calibre 380, não foi encontrada até o momento.