A imprensa já mentiu para arrastar os Estados Unidos para a guerra. Não pense que eles não vão fazer isso novamente.
Por Elle Reynolds.
Leia o artigo completo no The Federalist.
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O começo do século passado foi a chamada era de ouro dos jornais, depois que a influência da Revolução Industrial deu origem à “penny press”: jornais que você podia comprar na esquina sem assinatura. Magnatas concorrentes como William Randolph Hearst e Joseph Pulitzer brigavam por leitores, e o fizeram tentando produzir as notícias mais sensacionalistas possíveis.
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Durante a Guerra Civil Espanhola, […] alguns veículos ocidentais foram criticados por cobrirem o conflito de forma sensacionalista. O New York Times dedicou-se a essa guerra muito mais do que os jornais da época tradicionalmente, e o fez com um ponto-de-vista “altamente partidárias ”.
George Orwell, que lutou ao lado das forças republicanas, escreveu em suas memórias:
pela primeira vez, vi reportagens de jornais que não tinham nenhuma relação com os fatos, nem mesmo a relação que está implícita em uma mentira comum.
Vi grandes batalhas relatadas onde não houve combate e silêncio completo onde centenas de homens foram mortos. Vi tropas que lutaram bravamente denunciadas como covardes e traidoras, e outras que nunca viram um tiro disparado saudadas como heróis de vitórias imaginárias; e vi jornais em Londres vendendo essas mentiras e intelectuais ansiosos construindo superestruturas emocionais sobre eventos que nunca aconteceram.
Vi, de fato, a história sendo escrita não em termos do que aconteceu, mas do que deveria ter acontecido de acordo com várias ‘linhas partidárias”.
A disposição dos propagandistas [no sentido de propagar uma ideologia] dos jornais de cobrir as guerras de maneira interesseira nem sempre foi na mesma direção. O escritor contemporâneo e colega de Orwell, Ernest Hemingway, fez críticas semelhantes aos escritores propagandistas que minimizaram a carnificina da Primeira Guerra Mundial, insistindo que fora
a carnificina mais colossal, assassina e mal administrada que já ocorreu na Terra. Qualquer escritor que dissesse o contrário mentiu, então os escritores escreveram propaganda, calaram a boca ou lutaram.
Mais tarde, no século 20, o chefe da sucursal de Berlim do The New York Times, Guido Enderis, estava fornecendo uma cobertura amigável da Alemanha de Hitler, de acordo com o livro da escritora Ashley Rindsberg, “The Grey Lady Winked”. Enquanto isso, o correspondente do jornal em Moscou, Walter Duranty, observou Rindsberg, estava minimizando o papel de Joseph Stalin na fome de 1932-33 na Ucrânia porque “na época, o The New York Times estava pressionando ativamente pelo reconhecimento americano da União Soviética”. O presidente Franklin Roosevelt obedeceu, reconhecendo a URSS em 1933.
De acordo com o livro de Ashley Rindsberg, o chefe da sucursal de Berlim do The New York Times, Guido Enderis, estava garantindo uma cobertura amigável da Alemanha de Hitler. Enquanto isso, o correspondente do jornal em Moscou, Walter Duranty, estava minimizando o papel de Joseph Stalin na fome de 1932-33 na Ucrânia porque “na época, o The New York Times estava pressionando ativamente pelo reconhecimento americano da União Soviética”. O presidente Franklin Roosevelt obedeceu, reconhecendo a URSS em 1933.
[O livro de Rindsberg, The Grey Lady Winked mostra como o principal meio de comunicação da mídia, o The New York Times, altera radical e deliberadamente a história por meio de relatos errados, fabricações e distorções.]
Um exemplo mais recente é o do The New York Times e outros meios de comunicação corporativos relatando histórias infundadas sobre a existência de armas de destruição em massa (WMDs) no Iraque para angariar apoio à invasão do Iraque, por parte do presidente George W. Bush em 2003. Um ano depois, os editores do Times admitiram sua reportagem desequilibrada sobre o assunto em um longo artigo editorial:
Encontramos vários casos de cobertura que não foram tão rigorosos quanto deveriam. Em alguns casos, informações que eram controversas na época, e parecem questionáveis agora, foram insuficientemente qualificadas ou não foram contestadas.
Os funcionários da administração agora reconhecem que, às vezes, caíram em desinformação dessas fontes [iraquianas] exiladas. O mesmo aconteceu com muitas organizações de notícias – em particular, esta.
Com a rápida disseminação de fotos, vídeos e informações sensacionalistas via mídia social hoje, não há indicação de que a imprensa corporativa seja menos imune à desinformação quando se encaixa em sua narrativa .
Quando você vir os meios de comunicação corporativos nos apressando para entrar na guerra na Europa com histórias sensacionalistas e pesquisas desonestas, pense duas vezes. A mídia corrupta já mentiu para arrastar os americanos para a guerra antes, e nenhuma de suas mentiras recentes sobre outras questões deve levá-lo a pensar que eles não farão isso novamente.
thefederalist.com/2022/03/17/the-press-has-lied-to-drag-the-united-states-into-war-before-dont-think-they-wont-again/
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