Por Vlady Oliver
O GRITINHO MÍOPE.
Acho perigoso comentar algo sem qualquer embasamento factual – e o jornalismo pilantra não me dá nenhum – mas falo do que já vi na vida. Nos meus tempos de engenharia cansei de vistoriar alojamentos iguaizinhos ao mostrados em matérias sobre as vinículas do RS. Todos eles pareciam uma favela. Pessoas simples e longe de suas famílias, em geral, deixam uma bagunça danada onde se instalam. Daí a provar que foram tratados a choques elétricos e tiveram suas liberdades ameaçadas por quem nem tinha uma relação contratual direta com esses trabalhadores vai uma distância imensa. Nada disso foi objeto de cuidado dessa nossa imprensa ávida por repetir a escolinha de base em seu currículo mal lavado. É patrão? Então ferro no patrão, mesmo que ele não seja o patrão dessa gente humilde. Trabalho escravo é o que fazemos para pagar impostos pra supremos comprarem lagostas às nossas custas. Pra sustentar o atraso, o engodo, a ignorância e a truculência desses “servidores públicos” que se servem de nossa apatia. Para aguentar essa política, esse jornalismo e essas quadrilhas fazendo o que bem entendem na nossa cara de pato. A polícia não encontrou indícios da ligação entre esses empresários e o que encontraram nos alojamentos? E agora? Quem vai pagar o prejuízo de imagem, reputação, indignação e injustiça, causados irresponsavelmente por essa imprensa marreta? E ainda querem silenciar a internet. Sem ela, estaríamos nas mãos dessa canalhda toda. Linchando gente inocente, sujando reputações, desconfiando até da sombra, quando não é coleguinha. Tá na hora de dar um basta nessa ladroagem, meu chapa. Passou da hora, inclusive. O primeiro que me acusar de qualquer merda por aqui leva porrete. Com todo o carinho.
Sobre o caso Escola Base de Brasília, leia mais aqui.
Também há um documentário da Globo, que foi condenada a pagar 1,3 milhão de indenização.