Se você tem dinheiro, tem poder. Para não perder o dinheiro, deve manter o poder. A estratégia universal para isso é dominar a informação. Você faz isso pegando o dinheiro que você tem e comprando a imprensa que controla a informação.
Então a Coréia do Norte e Gitmo são as matérias publicadas na terça-feira
Quarta-feira é Paquistão e Black water
Quinta-feira é Rússia e Canadá
Sexta-feira é a Corrupção do Afeganistão e Karzai (2 artigos separados!)
Sábado é Yemen
Domingo é China
Segunda é o Financiamento Terrorista e a possibilidade de algo no Iraque, mas sem notícias a cabo ainda. Terça-feira é o Comércio de Armas e a possibilidade de algo sobre a NATO, sem notícias a cabo por enquanto.
O WikiLeaks revelou que um repórter do Times costumava alimentar o e-mail do Departamento de Estado com atualizações sobreos artigos que o jornal iria publicar DIAS antes que os artigos aparecessem.
Na época, Hillary Clinton era a Secretária de Estado.
O email mostra que o New York Times entregou o cronograma de publicação da Cablegate ao governo dos EUA, dando assim, ao Departamento de Estado, encabeçado por Hillary Clinton, até 9 dias de antecedência para distorcer as revelações ou criar distrações.
O e-mail de alerta tinha a intenção de dar tempo ao Estado (e a Clinton) para encontrar algumas distrações para as notícias que poderiam causar problemas. Ou, em outro cenário possível, os alertas poderiam dar tempo ao Departamento de Estado para criar um desvio para o mesmo dia, sobrepondo, assim, uma história prejudicial com outras notícias, que seus amigos na grande mídia principal iriam cobrir alegremente.
Os protagonistas no e-mail do WikiLeaks são interessantes. Scott Shane é o jornalista do Times para assuntos de segurança nacional. O destinatário de seu e-mail, Philip Crowley, era, na época, o Subsecretário de Estado dos Estados Unidos para Assuntos Públicos no Departamento de Estado de Clinton.